quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

"Django Livre" de Tarantino

ATENÇÃO: Eu fiz uma atualização no post dos filmes de fevereiro, coloquei um filme a mais e o link deste post.

ATENÇÃO 2: Se você ainda não viu o filme, PODE LER MESMO ASSIM! Na hora que eu vou dar spoilers eu faço o maior alarde avisando! rs

****
   Para começar, o filme ganhou dois Oscars merecidíssimos: melhor ator coadjuvante pela perfeita atuação de Christoph Waltz, e Tarantino se consolou com o de Melhor Roteiro Original. Digo que "se consolou" porque perdeu o de Melhor Filme, mas a outra também é uma categoria muito digna, diz que a história do seu filme é boa. Sinceramente, achei até bom que ele não ganhou no fim das contas, assim ele não se acomoda e tenta ganhar depois os Oscars mais importantes, rs.

Mas é simpático, né!? =D

   Sinto muito por não ter postado esta resenha antes porque acho que valia muito a pena tê-lo feito, para dar tempo de vocês verem no cinema. Acredito que os filmes de Tarantino são do tipo que realmente precisam ser vistos na telona. Em casa  tudo parece simplesmente bruto demais, dá a impressão que não tem motivo para tanto sangue... Estranho isso, né? Deveria ser o contrário, já que fica ampliado no cinema. xD Eu lembro que fui assistir a Bastardos Inglórios na tv depois de ter visto no cinema e não se comparava. Claro, tem quem consiga aproveitar igualmente a experiência...


   A história do filme se passa alguns anos antes da Guerra de Secessão, a Guerra Civil Americana, e o filme utiliza a questão social (e política) da guerra como parte da trama e não como simples panorama histórico.  Isto porque você não vê a questão da escravidão de um ângulo afastado enquanto um ex-escravo busca "vingança". Não. A história é construída de um jeito que você ache que a vingança é extremamente legítima e merecida. ***PEQUENOS SPOILERS***(isto significa: pule o fim deste parágrafo se você ainda não viu o filme): a vingança contra os três irmãos feitores no começo do filme é massa, mas não acho que poderia ser chamada de "vingança" mesmo. Afinal Django já teria que matá-los de qualquer jeito, era o seu "novo trabalho". Mas, claro, nós sabemos muito bem por que ele aceitou o trabalho... ;) Já a do fim é realmente uma vingança, mas eles limpam a barra das pessoas que não tinham a ver com a situação toda lá na fazenda e, assim como em Bastardos Inglórios, fazem a gente vibrar quando um monte de gente ruim junta é explodida (Tá bom, a casa explode já quase vazia, mas eu estou falando do poder simbólico e catártico).

O cartaz mais legal do filme!

A filmagem é muito interessante! A fotografia é linda, mas massa mesmo é ver os closes! Até eu, que quase não vi "faroestes" na minha vida, consegui perceber a estética western dos enquadramentos! Mas, como se passa no sul dos Estados Unidos, Tarantino chamou de southern. Além da filmagem, dá para perceber algumas outras características de filmes faroeste, mas acho melhor não falar muito disso, não quero estragar o filme de quem ainda não viu...




   Gostei das atuações do filme, mas acho que Leonardo DiCaprio e Christoph Waltz chamam muito mais atenção do que os atores principais. Samuel L. Jackson está impagável (e quase irreconhecível)!  Também chama mais atenção que Foxx, mas não vou dizer mais nada sobre os personagens, vale a surpresa! Eu sei que andam dizendo (há muito tempo) que DiCaprio subiu no conceito geral, mas eu não vejo muitos filmes dele... No entanto, neste, o vilão está muito odioso, você fica torcendo para ele sofrer hahaha. Ou seja, o vilão não tem um lado cômico, como é comum nos filmes de Tarantino. (ops, falei mais sobre os personagens! rs)

   Inclusive, eu tinha escutado uma crítica de que o filme tratava de "forma leviana" um tema sério como a escravidão, mas não concordo de jeito nenhum! O personagem de DiCaprio mostra isso. Talvez o fato de ser um filme "tarantinesco", com o típico "exagero estético" (porém não tão grande aqui) e com cenas engraçadas tenha dado a impressão errada, mas essa parece a opinião de alguém que não viu realmente o filme. Eu não me lembro de nenhuma morte de negro ser levada na brincadeira, enquanto os frequentes assassinatos de homens brancos pró-escravidão vem com uma roupagem vingativa. Óbvio também está que eu não estou dizendo que tudo bem eliminar brancos! Eram pessoas ESCRAVISTAS, portanto aplica-se, a meu ver, a mesma ideia de Bastardos Inglórios, em que o alívio proporcionado pelo filme vem da sensação de (contrafactual, felizmente) vingança histórica. "Felizmente" porque já basta de tudo isso, né? Ninguém quer genocídios, seja de que grupo for!!! Não, nem de escravistas e nem de nazistas também. Mas... Obrigada Tarantino, por nos "vingar" em pensamento e proporcionar tanta discussão interessante sobre um tema tão sério e tão pouco explorado.

   Mas voltando... Christoph Waltz, que estava incrível (e muito irritante! Porém, tinha seu lado cômico...) em Bastardos Inglórios, não decepcionou os seus fãs agora. Pela atuação em Bastardos Inglórios ele arrastou todos os prêmios e, este ano acaba de ganhar outro Oscar para lembrar-se de como é produtivo trabalhar com Tarantino, rs. Já tá na hora de dar um personagem principal a ele, né não Taranta? ;)


   Há de se dizer que Kerry Washington é muito bonita... Eu nunca tinha assistido a um filme com ela (pelo menos não que eu lembre), então nem posso falar muito sobre sua qualidade como atriz, a não ser neste filme. E eu até achei a atuação dela boa, mas a personagem é fraca. Pela história da personagem, você é levado a esperar uma postura diferente da adotada por ela durante as cenas mais dramáticas, mas isso, claramente, não é culpa de Kerry. (É um problema de roteiro, mas quem sou eu pra falar, Tarantino acabou de ganhar um Oscar... ). Inclusive, na "comunidade feminista" vi as mulheres reclamando que essa personagem tão fraca é atípica para Tarantino, que tem até uma mulher como personagem principal em Kill Bill (logo dois filmes! Fora suas outras personagens fortes). Mas acho que isso não é porque ele agora acha que mulheres são fraquinhas ou qualquer coisa do tipo, não. Creio que tenha a ver com a temática faroeste mesmo, onde as mocinhas tinham que ser resgatadas, consoladas, etc. Mas não perdoo tão fácil também: ele que é tão subversivo poderia ter dado um jeito e colocado Broomhilda como uma personagem forte, sim, senhor!! :D

   Pessoal, a Trilha Sonora (cliquem!) é um espetáculo por si só! Sério, quem quiser me dar um presente diferente, pode dar o cd deste filme. Vou usá-lo bastante sempre que precisar fazer um trabalho de madrugada. As músicas são bem animadas, o fato do doido do Tarantino ter colocado "hip hop" acrescentou dinâmica (e dramaticidade) ao filme (e ao meu TCC, rs). Fora isso, tem músicas lindíssimas de faroestes italianos (os famosos "spaghetti"), incluindo algumas de autoria de Ennio Morricone ou Luis Bacalov (três faixas só deste último, sendo uma delas o tema principal, "Django", também utilizada no filme "Django" original italiano). O filme até concorreu ao Oscar de Melhor Edição de Som, mas perdeu!!! Tudo bem, eu ainda não vi os dois filmes que empataram nesta categoria ("007 - Operação Skyfall" e "A Hora Mais Escura"), mas acho difícil que sejam melhores...

MOMENTO LINKLOVE <3: Para quem quiser ver outras opiniões, aqui tem uma resenha que eu li e que está bem mais completa (em inglês).

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Linklove {4}

O que será que essa imagem vai ter a ver com o post? Absolutamente nada. Só procurei uma foto diferente, que fosse legal para botar aqui. Tirei em um museu em Brasília. Tava no meu Instagram.

Vocês já achavam que nunca mais ia ter linklove <3 aqui? É para criar expectativa! rs Na verdade é porque eu tento de verdade só dar dicas excelentes ;D rs. Economizem os links, para durarem a semana todinha. Sem mais delongas:
  • Vocês já conheceram o blog do projeto 365 Escritores?? Muuuuito massa, dá vontade de entrar lá todo dia. Tem post para quem gosta de Clarice Lispector, mas recomendo muito mesmo este post lindo sobre Mario Benedetti, de quem voltarei a falar em breve. <3
  • Através do link acima acabei conhecendo o "jornal de literatura" da Gazeta do Povo, o Rascunho.  Mas aviso aos navegantes que os textos são como os da revista Piauí: intermináveis. A quem se interessar: tem uma resenha de "Hibíscos Roxos" na seção "Ensaios e Resenhas".
  • O top 10 de filmes brasileiros de 2012 do Cine Eterno. A maioria eu quis muito ver, mas acabei  vendo apenas "Gonzaga, de Pai para Filho". (E olhe lá...) Vocês conheciam este site? Gostaram? Concordam com este top 10?
  • Eu já falei antes do Papo de Homem, um site muito bacaninha. Adorei esta "não-resenha" sobre 3 filmes que concorreram à estatueta de Melhor Filme no Oscar.
  • Vocês ouviram falar da polêmica envolvendo Moacyr Scliar e "A vida de Pi"? Na entrevista da L&PM (abaixo), Scliar fala um pouco sobre isto e sobre o enredo de seu "Max e os Felinos".

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Fevereiro 2013 - Filmes

Já que é noite do Oscar, o blog está vestido de gala hoje!

Eu assisti a poucos filmes do Oscar, mas continuo sorrindo...

Kkkk Desculpem, mas não dava para não falar sobre a formatura, que foi na quinta. Mas vamos ao verdadeiro tema do post... Os filmes que eu vi em fevereiro. Do Oscar ou não. :( Eu vejo muitos filmes na Sky...

Que "I dreamed a dream" o quê! "I stole the show!"
  1. Para Roma Com Amor. Se você é fã de Woody Allen deve estar mais do que acostumado com a incostância de sua obra. Então, acredite em mim, não espere deste filme tanto quanto um "Meia Noite em Paris" (excelente!) pode sugerir... O filme é até bom se você descontar o roteiro meia-boca e focar nas belas imagens de Roma.
  2. O Homem do FuturoMuito bom, chega até a ser engraçado. Parece um "Efeito Borboleta" menos assustador, rs. É um filme brasileiro com Alinne Moraes e Wagner Moura. Achei bem fofinho o filme.
  3. As aventuras de Tim TimAchei bem mais ou menos, meio chatinho, cheguei até a cochilar durante o filme. Existe muito filme infantil melhor. Mas quem for apaixonado pelo desenho deve gostar. Guilherme deu muitas gargalhadas. :) 
  4. Peixe Grande e Suas Histórias MaravilhosasDe Tim Burton. É um drama, mas eu me diverti muito vendo este filme, as histórias que o Pai conta têm sempre alguma parte surreal. Filminho legal. Eu veria de novo e indico.
  5. Django Livre. Resenha em breve. :) UPDATE: Resenha aqui!
  6. O bebê de Rosemary. Só uma coisa a dizer a quem tem pavor deste filme mesmo sem ter assistido (que era o meu caso): assistam, não é tão assustador assim. Eu pretendo assistir de novo porque vi sem legenda e não entendi tudo dos diálogos. UPDATE: Acabei sem falar minha opinião: achei o filme muito legal, só que eu esperava que ele fosse assustador, rs. Gostei, dei 4 estrelinhas.
  7. Guerra é Guerra! Não sei se vocês ouviram falar dessa comédia por aí. É bobinha, mas, como diria Adson, tem o seu uso. Eu ri com as bobagens dos carinhas e não me emocionei nem nas horas que deveria, rs. Ou seja: assista quando você estiver sem muitas expectativas (porque é um filminho mais ou menos, apenas) e você vai até acabar se divertindo. ;) Não gostei muito do fim, na verdade... Eu dei 3 estrelinhas no Filmow, mas ele tem uma média mais alta, o que significa que outras pessoas foram mais generosas ficaram mais satisfeitas com o filme.
  8. Os Miseráveis. Filme lindo, porém (vou falar, hein?) é longo demais e fica chato por isso e por todos (tá bom, QUASE todos) os diálogos serem cantados. "Mas é um musical, sua chata!" Sim, mas tem limiteee!! Muitos musicais não sao quase completamente cantados, haja paciência! Mas o filme é bonito, contagiante principalmente no começo. Depois da grande cena de Anne Hathaway acho que o filme perde um pouco o fôlego. Aliás, achei que ela roubou a cena completamente. Muito linda. Chora não, Anne! UPDATE: E claaaaro que ela ganhou o Oscar! :D Fiquei muito feliz, haha. Foi lindo, ela ficou tão emocionada...
  9. A Era do Gelo 4. Vale a pena ver porque já temos apego a alguns personagens, como o pobre esquilo, mas a temática mais "adolescente" deste não me agradou tanto quanto os anteriores. Vale o mesmo conselho que eu dei para o filme 6, mantenha as expectativas baixas, não vá achando que vai ser maravilhoso só porque é A Era do Gelo, rs. Gosto mais dos anteriores. Não me entendam mal, eu me diverti vendo este, mas fiquei com sono em algumas partes...
  10. Syriana - A Indústria do Petróleo. Achei chato, não consegui focar, mas eu preciso assistir de novo porque acho que era porque eu tava muito agitada para a formatura :( não posso, então, ser considerada um bom parâmetro. Mas o filme envolve Política, ação, é movimentado. Enfim, não é ruim, mas sou suspeita.
  11. O caminho das Nuvens. Chato. Mesmo. Eu achava que teria algo que se aproveitasse porque também era com Wagner Moura e eu gosto dele. Mas não. O filme conta a história que uma família pernambucana (?) que cai na estrada para conseguir empregos e uma vida melhor no Rio. Gostei não mesmo. Uma estrelinha e meia.
  12. Indomável Sonhadora. Eu vou ter um novo mantra na minha vida: não crie expectativas para um filme só porque ele foi indicado ao Oscar. Eu esperava muito, muito mais. Achei interessante as discussões que ele provoca, discuti o jantar inteiro o filme com os meus pais e tia Fátima. Levantou temas como pobreza, miséria, liberdade, esperança... Mas é um filme triste do começo ao fim, pontuado por algumas risadas. É claramente bem dirigido, porque a menina atua bem, mas tinha só 6 anos! Então não venham me dar um Oscar a ela!!! UPDATE: Ufa, não deram. Mas também não deram para Emanuelle Riva, chuif! Deram para Jennifer Lawrence...



   MOMENTO LINKLOVE <3: Para quem tiver lido até aqui, um bônus: uma entrevista com Spielberg e Daniel Day Lewis para o programa Almanaque da Globo News. Para assistir outro dia, porque hoje tem o Oscar! :D Tchau.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Carnaval drummondiano

  Eu li este poema no "Amar se aprende amando". É uma crítica suave ao "novo" (agora já antigo) carnaval do Rio. Claro que lá também existe este antigo de que ele parece gostar. Mas não pude deixar de pensar em uma coisa: Drummond ia adorar o carnaval do Recife. :)

Eu, minhas tias lindas e Mainha.

Crédito das fotos: Fernando Rêgo Barros

Obs.: Marquei em negrito a minha  parte preferida. :D

VER E OUVIR, SEM BRINCAR

Ninguém pergunta mais:
-Você vai brincar no carnaval?
Brincar, irmão, quem pode brincar
se perdida foi a idéia de brinquedo?
Alguns ainda perguntam:
-Como é? Vai pular no carnaval?

Então é isso a festa: um pulo
e outro pulo e mais outro? Neste caso,
campeoníssimo seria o João do Pulo.
O que ouço dizer é simplesmente:
-Vai ver o carnaval?
Conclusão, ano 80:
Carnaval
é o visual.

Você não brinca mais,
nem mesmo pula mais
na rua hoje deserta, no salão
onde um suor se liga a outro suor
e ar condicionado é falta de ar.
Que pode o folião? Acaso existe ainda,
e funciona, essa palavra folião?
Folia, antiga dança rápida
que o adufe acompanha, no dizer
de sábio, antigo, dicionário.
Quem me dança a folia, quem folia,
quem fol ou fou, folâtre, folichon, folle,
fool, pratica o foliar?

Ah, sim, o sambista e sua escola
foliando para turistas e a distinta
Comissão Julgadora. Pontos! Pontos!
Quesitos mais quesitos! Briga feia
nessa programação oficial
que garimpa e governa o carnaval.
Foliam para os outros. Não foliam
pelo gosto,
pela graça,
pelo orgasmo de foliar, loucura santa,
desabrochar do corpo em rosa súbita,
em penacho, batuque, diabo, mico,
chama, cometa, esguicho, gargalhada,
a cambalhota em si, o riso puro,
o puro libertar-se da prisão
que cada um carrega em sua liberdade
vigiada, medida, escriturada.

Então pego uma sobra, vou olhar,
ouvir
a cor, o som, o balancê padronizado
que rioturisticamente se oferece
ao mercado da vista e dos ouvidos.
Eu vejo, não me integro,
não participo, não sou o grande todo,
nem o grande todo é mesmo todo e tudo.
Entre o olho e o desfile,
a arquibancada corta o meu impulso
de ser um com eles, ir com eles
pela rua afora,
pelo sonho afora.

A rua, onde ficou
a velha rua, seu espaço de brincar,
seu aberto salão a céu aberto,
sem entrada paga, sem cambistas
e fiscais?
O carnaval é rua, não teatro,
não show, produto industrial
monumental
a ser consumido numa noite
de lenta evolução
e classes divididas
pelo respeitável público pagante.
Como comprar, como pagar
o que não tem preço e chama-se
alegria?
"A paixão pelo carnaval começa cedo."
Meu beijo aos foliões! :* Este ano vou brincar pouco. Mas talvez a gente se encontre por aí...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Desafio de Cinema 2013

Aha! Por essa vocês não esperavam! Eu vou fazer um desafio de cinema também. Mas esse é mais besta que o desafio literário, that's for sure...

ESTATÍSTICAS DO DESAFIO:
Bom, o ano tem 52 semanas, se eu assistir a dois filmes por semana, vou ter visto 104 filmes até 2014. Mas, já que 104 / 12 (meses) dá uma dízima (8,6666...7), eu vou ver 9 filmes/mês (Total para quem for ruim de matemática: 108), porque eu gosto de números inteiros, rs.

Tchipoassim, eu sei que não tem nada de extraordinário nisso, mas eu gostei da ideia, o blog é meu e quem manda aqui sou eu! hahaha Brincadeirinhaaaaa. Quer dizer, veja: é só um compromisso de vir aqui dizer quais foram os filmes que eu vi no mês, aí se vocês quiserem (tem alguém aí, né?) eu posso fazer resenhas!  Além disso, vocês vão me indicar filmes também! ÊÊÊ! Adoro situações em que todos ganham, rs.

JANEIRO:
Bom, como nem só de estatísticas vive o homem (e como já é fevereiro), juntei logo aqui os filmes que vi  em janeiro. Na verdade eu vi muito mais, mas vários eu já tinha visto antes, então não contam. Voilà!

Ah, Emmanuelle...!



























  1. Lula, o filho do Brasil
  2. Espelho, Espelho Meu (está concorrendo ao Oscar de melhor figurino -- que está lindo, mas ô filme besta! Eu sei que é infantil, mas tem muito filme infantil que é excelente e esse... não é. rs)
  3. A Rede Social
  4. A Caixa
  5. Cold Montain
  6. As Aventuras de Pi (lindo, eu vi (só) em 3D e achei que vale a pena pagar a diferença de preço porque ele ficou muito lindo! *.* Tá concorrendo a 11 (!) categorias, incluindo fotografia e direção.) 
  7. Bruna Surfistinha
  8. Amor (já ganhou alguns prêmios e tá concorrendo a 5 Oscars! O filme é liiindo... Não digo mais nada. Vão assistir sem se deixar influenciar pelo que os outros vão dizer. Inclusive pelo que eu vou dizer...)
  9. Esposa de Mentirinha
  10. O Xangô de Baker Street muito divertido, fiquei com vontade de ler o livro :)
 Espero que vocês tenham gostado da ideia. Até mais. :) Comenta aí, pessoal!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

"Amar se aprende amando" de Drummond

 Ano passado eu fiz aqui uma resenha do livro "Amor Natural", de Drummond. Eu não gostei daquele livro e também não gostei muito deste, vou logo avisando. Porém, apesar de ser o mesmo autor, os estilos são completamente diferentes: aquele eu achei uma baixaria só e esse tá longe disso. É importante dizer logo que eu não sou uma grande fã de poesia em geral, mas continuo tentando. Vi recentemente uns vídeos sobre poesia do excelente canal (que eu conheci a pouco) da Juliana Gervason e talvez eu não devesse ter "começado" esta empreitada com o Drummond, posso estar sendo injusta, talvez eu ainda não tenha a sensibilidade necessária para este livro. Ou talvez ele seja só chato mesmo...

"Por fora...

 Dei só uma estrelinha no GoodReads ("didn't like it") :( . Tem 3 poesias que eu achei *sensacionais* e outras 7 de que eu gostei muito, mas o livro tinha um total de 68 poesias, isso dá um aproveitamento pífio de aproximadamente 15%!! (eu e minhas estatísticas...) Talvez eu esteja sendo muito  rigorosa, já que gostei de algumas partes das outras 58. Mas não mexeram comigo, entendem? E poesia é sentimento...

 O que realmente me incomodou é que este livro está cheio de poesias para pessoas que só ele conhecia, louvando aniversariantes e festas de casamentos, bodas... Que saco, Drumminho! #íntima rs. Sinceramente, até agora gosto muuuito mais das poesias de Camões ou Mario Benedetti...

Mas vou ser justa: as raras poesias de que gostei, são excelentes! Ele nos brinda com seu estilo delicado de cronista e nos mostra a beleza nas coisas mais simples. Isso é, na verdade, o que eu mais gosto na escrita dele, enquanto prosador. Fico até triste de não gostar das suas poesias e vir aqui falar isso, sinto que estou fazendo um desserviço danado, afinal é um autor que eu adoro... Mas nem "O Amor Natural" nem "Amar se aprende amando" estão entre seus livros poéticos mais antológicos, então pretendo ler ainda "A Rosa do Povo" e "Sentimento do Mundo" e se eu não gostar deles dois nunca mais leio um livrinho sequer de poesia desse homem!! kkk 

Já das crônicas eu sou fã, qualquer dia desses resenho "Moça Deitada na Grama", quando eu o reler. Já prometi isso em um comentário da última resenha.

Abaixo, uma das minhas poesias preferidas deste livro: Nova Rua São José. Foi difícil escolher qual colocar aqui porque eu adorei também outras duas: A amiga voltou e Liquidação de inverno.

NOVA RUA SÃO JOSÉ
Cultivando o prazer de andar a pé,
tiro dos meus alforjes lexicais
o mais puro louvor a Gildo Borges,
renovador da rua São José.
Quem ali passa logo se detém,
senta no banco (banco de sentar,
não de pagar imposto e duplicata)
e escuta, embevecido, uma sonata.
De que piano vem, música errante,
se não vejo instrumento musical?
Vem de sentir no ar essa aliança
entre a cidade e a forma natural.
É pedaço de rua, por enquanto,
mas nele se devolde à criatura
o pouso, a paz, a pomba, o pensamento
de existir, existindo com doçura.
Em seus vasos, a múltipla folhagem,
ainda tímida, pede-nos licença
para ofertar sua presença
consoladora do monstro-garagem.
A flor, em flor, na rua -- que convite
ao passante angustiado: "Pára um pouco.
Dez ou quinze minutos de far-niente
E voltarás depois ao mundo louco.
Mas voltarás de cuca restaurada,
alma leve, levando na lembrança
um bailado de asas e a dourada
alegria da hora lenta e mansa.
Aqui não te persegue carro trêfego,
maléfica fumaça, rumor túrbido,
aqui encontrarás paradisíaca
pasárgada de pobre e milionário.
Aqui é teu domínio; aqui és rei
de teu nariz, das nuvens e das aves,
e fruirás o simples estar quieto,
erigindo o relax em tua lei."
Assim murmura a flor, e corre a brisa,
"Apoiado" ciciando ao perpassar,
enquanto São José, na sua igreja,
e Tiradentes põem-se a meditar
(pois estátua medita) e os dois reunidos
aprovam Gildo Borges e seu sonho
de tornar a cidade mais humana
e cada ser humano mais humano.

Este foi o terceiro livro que terminei de ler este ano. Para ver os outros posts do desafio literário, cliquem no marcador abaixo. :)

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Janeiro 2013 - Livros

Cá estou eu para falar brevemente sobre os livros lidos neste janeiro. Foram só três, mas isso é até mais do que o que eu "precisava" fazer pelo desafio (hahaha acho isso muito engraçado), que era 2,5 por mês. Claro que esse mês foi o mais fácil pois os dois primeiros livros eu já estava lendo em 2012 e o terceiro foi um livro de poesia.

1. A Christmas Carol - Charles Dickens
Sim, sim. Aquela historinha que todo mundo conhece de outros Natais. Fazia alguns anos que eu queria ler este livro no Natal (eu adoro o Natal!), mas sempre tava agarrada com outros livros. Adorei a escrita de Dickens e com certeza teria lido de uma "sentada" se fosse em português, mas eu sou uma pessoa lentinha lendo em inglês. Fiquei curiosa para ler outros livros dele feliz por ter entendido muito mais do que eu achava que entenderia de um inglês tão antiguinho... Na verdade nem é tão antigo assim, mas, sei lá, vocês também não têm um medinho de ler um livro de Dickens no original não? Eu tinha. E perdi ^.^ Lendo os comentários no GoodReads, fiquei impressionada como esse livro é amado: uma mulher comentou lá que ele é lido todos os anos em sua casa durante a época de Natal, tipo uma tradição de família mesmo. Dei 4 estrelinhas.

Eu não sei... Eu tenho dificuldade de ler poesia e estou tentando mesmo assim. Talvez o problema seja comigo, mas não gostei do livro. Apesar disso, eu achei que ele merecia uma (pequena) resenha que aparecerá aqui em breve. Só dei uma estrelinha.







3. O Economista Clandestino - Tim Harford
Adoro dizer que eu me sinto mais esperta depois de ler este livro. Claro, ele não é uma coisa do outro mundo em termos de brilhantismo, mas me fez abrir os olhos para algumas verdades do comércio, principalmente das grandes cadeias de supermercados. Em alguns momentos, porém, achei ele meio maçante. Mereceu 3 estrelinhas.

Adorei o capítulo sobre a China.